Ex- CEO da P&G retorna ao comando da empresa no lugar do sucessor

O ex-presidente da P&G AG Lafley (na foto acima), retorna ao comando da empresa norte-americana de bens de consumo no lugar de Bob McDonald (na foto abaixo), que deixa a Companhia após 33 anos. A substituição tem efeito imediato. Trata-se de uma reviravolta, num momento em que a dona de marcas como Pantene, Wella e Gillette.

Bob McDonald vinha enfrentando há tempos pressão do mercado, particularmente de alguns acionistas, liderados pelo investidor ativista Bill Ackman, que chegou a pedir publicamente para que o conselho de administração tirasse o executivo do posto. Mas, um programa de redução de custos de US$ 10 bilhões e um aumento dos ganhos no final do último ano, acalmaram os ânimos, até que o resultado dos primeiros três meses do ano apresentou fraco desempenho de vendas, levando o mercado a questionar se a P&G estava seguindo o melhor caminho.

Já Lafley que se juntou a Procter & Gamble em 1977, foi um celebrado CEO e considerado um dos artífices da reestruturação da companhia nos anos 2000, um período de forte expansão e crescimento para a gigante de bens de consumo. Depois de exercer a função entre 2000 e 2009, ele deixou a companhia, sendo substituído por Bob McDonald, até então o seu Nº 2 na operação.

Jim McNerney, diretor do conselho de administração da P&G, disse que "o histórico de AG Leffey e sua profunda experiência na empresa fazem dele uma pessoa singularmente qualificada para liderar a empresa neste momento importante. O Conselho espera AG para melhorar ainda mais os resultados, implementar o atual plano de produtividade, e facilitar um processo de sucessão em curso. A Diretoria está confiante de que ele vai continuar melhorando o desempenho da P&G ".

O membro do conselho também agradeceu ao executivo que deixa o posto. "Agradecemos a Bob pelos seus serviços. Pudemos ver a melhoria do desempenho dos negócios da Companhia. Sob sua liderança, a empresa expandiu seus negócios em mercados em desenvolvimento, construiu um forte fluxo de inovação, e tem feito progressos substanciais na implementação de um programa de 10 bilhões dólares em redução de custos e de programas de produtividade".

A rápida expansão para mercados emergentes, um processo que começou muito mais tarde na P&G do que para as suas principais concorrentes, como Unilever, L´Oréal e Reckitt Benckiser, foi apontado como um dos fatores que impactaram no fraco desempenho da empresa, e um dos pontos de atrito entre Bob McDonald e investidores como Bill Ackman.
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