A Unilever, segunda maior fabricante global de produtos de higiene pessoal e cosméticos, divulgou hoje (20/7) um acordo para adquirir a Dollar Shave Club, um clube de assinaturas para lâminas de barbear. Fundada em 2012 no estado da Califórnia, Estados Unidos, a Dollar Shave Club é um dos novos negócios mais badalados do mercado, por conta do seu modelo disruptivo em um dos mercados mais tradicionais do negócio de higiene pessoal. A empresa oferece assinaturas que vão de US$ 1 mensal (+2 de frete) para o envio de cinco aparelhos descartáveis por mês de um modelo simples de duas lâminas, até US$ 9 por mês para o envio de quatro cartuchos do modelo "The Executive", com seis lâminas. Além disso, existem ofertas iniciais de US$ 14 até US$ 22 no pedido inicial, que engloba o envio da haste do aparelho e alguns produtos de barbear.
Além disso, a empresa tem avançado para novas categorias de produtos oferecendo além das lâminas e itens de barbear com a marca Dr. Carver´s, produtos de higiene pessoal com a marca Wanderer e Charlies, de lenços umidecidos, hidratantes faciais e produtos de estilo para os cabelos.
A Dollar Shave Club já soma 3,2 milhões de membros, teve vendas de US$ 152 milhões em 2015 e deve superar a barreira dos US$ 200 milhões neste ano. O mercado de produtos de barbear norte-americano gira ao redor dos US$ 3 bilhões ao ano e é liderado pela P&G, com a sua marca Gillette.
Os termos da transação não foram divulgados, mas de acordo com o site da empresas de informações financeiras Bloomberg, o negócio pode ter alcançado a cifra de US$ 1 bilhão.
Ouvido pela agência de informações financeiras Bloomberg, o analista do banco Exane BNP, Jeff Stent disse que o valor é inflado, porque a Dollar Shave Club, "aparentemente, ainda não fez qualquer dinheiro e o seu modelo está sendo replicado por todos os tipos de concorrentes". Ainda assim, ele acredita que com a Unilever por trás, a Dollar Shave Club irá tornar a vida mais difícil para P&G, dona da Gillette e principal alvo das comunicações e provocações da Dollar Shave Club, que entre outras coisas bate forte na comparação com o alto custo dos produtos da marca: um refil com quatro cartuchos da lâmina Fusion, com cinco lâminas, custa cerca de US$ 19 no varejo dos Estados Unidos. Em 2013, a Unilever chegou a lançar uma linha de aparelhos de barbear em pareceria com a marca Schick (vice-líder no mercado dos EUA), mas o negócio não avançou. É possível pensar que a Unilever, em algum momento, use a Dollar Shave Club para vender produtos da marca Axe, especialmente os itens mais "premium" da marca.
"Dollar Shave Club é um negócio inovador e disruptivo com ligações incrivelmente profundas com seus diversos e altamente engajados consumidores", disse Kees Kruythoff, presidente da Unilever na América do Norte, posição que assumiu depois de ter exercido a presidência da unidade brasileira da Unilever, até o início da década. "Pretendemos usar a força mundial da Unilever para alavancar e apoiar a Dollar Shave Club para alcançar todo o seu potencial em termos de oferta e alcance", disse o executivo.
Já Michael Dubin, fundador e CEO da Dollar Shave Club (que aparece no vídeo abaixo), acrescentou: "A Dollar Shave Club não poderia estar mais feliz por estar ao lado da mais inovadora e progressiva empresa de produtos de consumo do mundo. Temos muito admiração pela liderança empresarial com propósitos da Unilever e sua expertise na categoria (de higiene pessoal) é incomparável. Estamos muito animado para fazer parte da família", conclui.
Michael Dubin continuará a servir como CEO da DSC.
Além disso, a empresa tem avançado para novas categorias de produtos oferecendo além das lâminas e itens de barbear com a marca Dr. Carver´s, produtos de higiene pessoal com a marca Wanderer e Charlies, de lenços umidecidos, hidratantes faciais e produtos de estilo para os cabelos.
A Dollar Shave Club já soma 3,2 milhões de membros, teve vendas de US$ 152 milhões em 2015 e deve superar a barreira dos US$ 200 milhões neste ano. O mercado de produtos de barbear norte-americano gira ao redor dos US$ 3 bilhões ao ano e é liderado pela P&G, com a sua marca Gillette.
Os termos da transação não foram divulgados, mas de acordo com o site da empresas de informações financeiras Bloomberg, o negócio pode ter alcançado a cifra de US$ 1 bilhão.
Ouvido pela agência de informações financeiras Bloomberg, o analista do banco Exane BNP, Jeff Stent disse que o valor é inflado, porque a Dollar Shave Club, "aparentemente, ainda não fez qualquer dinheiro e o seu modelo está sendo replicado por todos os tipos de concorrentes". Ainda assim, ele acredita que com a Unilever por trás, a Dollar Shave Club irá tornar a vida mais difícil para P&G, dona da Gillette e principal alvo das comunicações e provocações da Dollar Shave Club, que entre outras coisas bate forte na comparação com o alto custo dos produtos da marca: um refil com quatro cartuchos da lâmina Fusion, com cinco lâminas, custa cerca de US$ 19 no varejo dos Estados Unidos. Em 2013, a Unilever chegou a lançar uma linha de aparelhos de barbear em pareceria com a marca Schick (vice-líder no mercado dos EUA), mas o negócio não avançou. É possível pensar que a Unilever, em algum momento, use a Dollar Shave Club para vender produtos da marca Axe, especialmente os itens mais "premium" da marca.
"Dollar Shave Club é um negócio inovador e disruptivo com ligações incrivelmente profundas com seus diversos e altamente engajados consumidores", disse Kees Kruythoff, presidente da Unilever na América do Norte, posição que assumiu depois de ter exercido a presidência da unidade brasileira da Unilever, até o início da década. "Pretendemos usar a força mundial da Unilever para alavancar e apoiar a Dollar Shave Club para alcançar todo o seu potencial em termos de oferta e alcance", disse o executivo.
Já Michael Dubin, fundador e CEO da Dollar Shave Club (que aparece no vídeo abaixo), acrescentou: "A Dollar Shave Club não poderia estar mais feliz por estar ao lado da mais inovadora e progressiva empresa de produtos de consumo do mundo. Temos muito admiração pela liderança empresarial com propósitos da Unilever e sua expertise na categoria (de higiene pessoal) é incomparável. Estamos muito animado para fazer parte da família", conclui.
Michael Dubin continuará a servir como CEO da DSC.
