Terceirização, um mercado em alta.

Terceirização, um mercado em alta.

O mercado cosmético continua crescendo mesmo com a pandemia. Obviamente que os números não são os mesmos que antes, mas o crescimento é uma realidade.

Alguns canais de vendas sofreram mais, como é o caso do varejo, profissional e franquia, mas outros se destacaram, como o multinível, a venda direta e notadamente o canal eletrônico, onde empresas dos outros canais o incorporaram ao seu negócio. O que se nota, no entanto é o aparecimento de centenas, talvez milhares de pequenas marcas que vêm “comendo pelas beiradas” e alimentando números positivos ao mercado.

Um fato que vem chamando atenção ou a pergunta que não quer calar é: como essas marcas vem sobrevivendo e crescendo com toda a dificuldade de investimento além dos conhecidos custos, tempo e burocracia para construir uma fábrica?

A resposta está na ponta da língua, para quem como eu, vive intensamente o mercado de terceirização. Elas focam em vendas e marketing e não em fábrica.

Também não vemos as grandes marcas construírem novas fábricas, tão pouco ampliando as existentes, elas estão cada vez mais terceirizando suas produções.Convém também lembrar que o bom terceirista não faz apenas a produção. Ele desenvolve o produto, orienta com relação a melhor embalagem, faz a regularização junto a Anvisa, acompanha a atualização das normas e está sempre antenado para os novos ativos que os fornecedores apresentam.

Quem busca um terceirista, busca especialista, preço e o mais importante, bom atendimento.Vemos nascer dia a dia dezenas de pequenas fábricas focadas em terceirização. Obviamente que os problemas são os mesmos que as grandes marcas têm para construir uma fábrica, a diferença é que, quem foca em terceirização vai produzir para várias marcas e, enquanto umas têm problemas outras crescem, com isso o terceirista sobrevive e movimenta o mercado.

Por outro lado, existe o desconhecimento de quantos terceiristas existem, onde eles se localizam, seu porte, o que fabricam, qual o seu foco, que tipo de contrato trabalham, etc. O resultado disso é que o mercado vive uma torre de babel, sem regras, sem normas específicas da Anvisa e com isso a maioria das pequenas marcas que querem começar seu negócio e lançar sua linha de produtos, não sabem por onde começar.

Eu diria que exatamente aí mora o grande nó do mercado de terceirização. Existe uma regrinha básica e um passo a passo para procurar e aprovar um terceirista quando se pensa em lançar uma marca.O primeiro e mais importante passo é dar match, ou seja, casar o perfil da marca com o perfil do teceirista. O que exatamente se quer, que produtos, que quantidades, grau de dificuldade do produto, localização do terceirista, parque fabril, que serviços oferece, que tipos de contrato trabalha?

Nessa hora entra a figura de um consultor especializado em terceirização e que conheça bem esse mercado. Lembrar sempre que ao lançar uma marca o mais importante não é a fabricação do produto e sim a venda e, com o canal definido. Sabemos que acertar no canal de venda é fator de sucesso no negócio pois em função do canal alguns produtos vendem outros não.

O exemplo que sempre costumo dar é que não adianta lançar uma linha de shampoos no canal eletrônico, a menos que seja diferenciado ou com muita mídia. Quem quer comprar um shampoo vai no canal varejo, que oferece variedade, praticidade e bom preço. 

O assunto terceirização é bastante amplo e motivador, mas para concluir gostaria de enfatizar que, existe mercado para novos produtos e não precisa construir uma fábrica, basta ter o canal de venda definido, procurar um bom terceirista que tenha o seu perfil e fechar o contrato. 

Lembrando que o menor preço nem sempre é o melhor negócio se o serviço for ruim. Bom ficar atento.

Contato: antonio.celso@melfeservicos.com.br

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