Temporada de Balanços: Unilever cresce menos, mas ainda à frente do mercado

Nos últimos anos, a gigante anglo-holandesa de bens de consumo Unilever obteve performance melhor do que muitas de suas concorrentes graças a sua forte presença nos mercados emergentes. Agora, a companhia está sentindo na pele (ou no bolso) os efeitos do enfraquecimento de moedas como o Real brasileiro, a Rúpia indiana e o Rublo russo frente ao Euro. E também do menor ritmo de crescimento desses países.

De acordo com o comunicado da empresa, o crescimento nos mercados emergentes continuou a desacelerar, com um cenário macroeconômico mais adverso que afetou a demanda dos consumidores em um número significativo de países emergentes. Ao mesmo tempo, os mercados desenvolvidos ainda não se recuperaram totalmente. "Neste contexto, continuamos a ver níveis de concorrência e intensidade promocional elevados em muitos mercados", diz a empresa.

As vendas reportadas no primeiros nove meses do ano tiveram uma retração de 2%, puxadas por um impacto cambial negativo de 5%. Apesar disso, as vendas sem a variação cambial avançaram 4,4%. Nos mercados emergentes, esse avanço foi de 8,8%.

Já no terceiro trimestre, o volume de Negócios diminuiu 6,5 %, para  12.5 bilhões de euros, com impacto cambial negativo de 8,5%. O crescimento sem o impacto cambial foi menor, de 3,2%, com os mercados emergentes avançando 5,9%

O CEO da empresa, Paul Polman, disse: "Nós esperamos relatar uma melhora trimestral sequencial no crescimento das vendas subjacentes no quarto trimestre, impulsionado por um forte pipeline de inovação. Continuamos focados em alcançar mais um ano de crescimento lucrativo de volume à frente dos nossos mercados, a melhoria constante e sustentável margem operacional do núcleo e forte fluxo de caixa".

As vendas da área de cuidados pessoais apresentaram números melhores que os da companhia como um todo. No terceiro trimestre, as vendas somaram 4.5 bilhões de euros, com crescimento de 1,4% (5,8% sem variação cambial). Já nos primeiros nove meses do ano, o resultado foi de 13.5 bilhões de euros, 1,8% mais que o mesmo período do ano anterior (1,8% sem variação cambial).
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