Temporada de Balanços: operações internacionais puxam o lucro da Natura para cima

A Natura, maior empresa brasileira de cosméticos, viu o lucro líquido do segundo trimestre deste ano dar um salto de 11,7%, para  R$ 240 milhões. O resultado teve forte participação das operações internacionais, que apresentaram crescimento robusto de receita e expressiva evolução da lucratividade. As vendas internacionais da empresa somaram R$ 236,6 no trimestre. A margem EBITDA dessas operações foi de de 16,6% no 2T13 versus 5,3% no ano anterior. O grupo de países em consolidação apresentou crescimento na receita líquida de 38,9% em moeda local no trimestre, com destaque para os indicadores de canal na Argentina. As Operações em Implantação apresentaram crescimento de 19,7% em moeda local no 2T13, mostrando a retomada no México, fruto das recentes melhorias feitas no modelo Rede de Relações Sustentáveis, de acordo com a empresa.

No segundo trimestre, a receita líquida da empresa de venda direta cresceu 6,7% frente ao mesmo período do ano anterior, para R$ 1.715 bilhão. De acordo com a Natura, as vendas no Brasil cresceram menos que o esperado, principalmente em junho, em função de uma menor frequência de pedidos das consultoras, além de um menor impacto no conjunto dos lançamentos ao longo do período. Por aqui, as vendas avançaram 1,1%, para R$ 1,450,7 bilhão no trimestre.

O crescimento mais fraco no Brasil, resultou em uma queda de participação de mercado para a empresa. Até abril deste ano, o mercado alvo da Natura cresceu
13,0% (fonte: Abihpec), com destaque para as categorias de cabelos, sabonetes, desodorantes e perfumaria. Nesse período, o market share da Natura foi de 21,4%, uma queda de 1,8 ponto percentual em relação ao mesmo período do último ano.

Segundo a empresa, a queda se deve em parte a maior concorrência no mercado de higiene pessoal, com os competidores investindo fortemente em marketing e lançamentos. Nas categorias de Cosméticos e Fragrâncias, a Natura sofreu uma retração mais acentuada de market share, de 2,9 pontos percentuais, concentrada no 2º bimestre de 2013. Agora a companhia soma 34,7% de share no segmento de perfumes e cosméticos.

A companhia acredita que o seu pipeline de inovações para o segundo semestre vai permitir que a Natura estanque a perda de market share, terminando o ano com o nível atual de participação.
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