Produção física de embalagem decresce em 2012.

A produção física de embalagens decresceu 1,19% em 2012, de acordo com o balanço setorial encomendado pela Associação Brasileira de Embalagens (ABRE) à Fundação Getúlio Vargas. A previsão inicial era de crescimento de 1,6%, revista para queda de 1% no balanço do 1º semestre divulgado em agosto. O valor da produção anual chegou aos R$46 bilhões.

Salomão Quadros, economista da FGV responsável pela pesquisa, responsabiliza as constantes quedas observadas na indústria nacional, principalmente as de bens de consumo semi e não duráveis, principais usuárias das embalagens, pelos resultados negativos amargados pelo segmento.
Somente no primeiro semestre de 2012 a queda foi de 4% em relação ao primeiro semestre de 2011, porém, a produção reagiu no segundo semestre, apresentando expansão de 1,6%, quando comparada  ao mesmo período do ano anterior.

Os estímulos governamentais como as desonerações tributárias e ampliação do crédito foram um dos principais motivos para a recuperação do consumo no segmento de bens de consumo duráveis. Outros estímulos como a queda dos juros, a contínua criação de empregos e a elevação do salário real também permitiram a expansão do consumo, fazendo com que a indústria nacional recuperasse parte da competitividade frente aos produtos importados após a desvalorização cambial ocorrida durante o segundo trimestre de 2012.

Mediante o cenário apresentado acima, a indústria de embalagem de plástico obteve o melhor desempenho em produção física (aumento de 0,44%), seguida pela indústria de embalagens de papel, papelão e cartão (retração de 0,97%), e metal (retração de 1,13%).

Dos setores usuários de embalagem, perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza obteve os melhores resultados, crescimento de 3,32%.

Apesar do tumultuado começo de ano, com o avanço da inflação e, consequentemente do adiamento das decisões e da retração da confiança do consumidor, a receita da produção de embalagem deve girar em torno dos R$48 bilhões, um crescimento de 2% em relação aos R$46,1 bilhões, gerados em 2012.
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