Artigo de Opinião Essa tal de Inclusão Por Gillian Borges Autora do curso Inovação no Mercado de Beleza na Plataforma Inova Online

Se eu te perguntasse se tua marca de produtos para cabelo é inclusiva, você me diria que sim ou que não? Imagino que se ela tem uma linha para cabelos cacheados e outra para crespos, as chances de você responder que sua marca é inclusiva são grandes.

Mas será que mesmo? Eu te diria – sem nem saber onde você trabalha - que não. Vamos pensar juntos por quê não? 

Para começar, 54% da população brasileira é formada por negros e pardos, segundo o IBGE. Significa nada menos que 119 milhões de pessoas. Para complicar as coisas, de acordo com pesquisas, o país tem a maior diversidade de tipos de cabelo em todo o mundo: são 8 tipos, sendo 82% deles cabelos não-lisos (de levemente ondulado ao afro).

Com uma linha para crespos e uma para cacheados, será que sua marca de fato atende toda essa diversidade capilar e de identidade brasileira?

Uma marca inclusiva, no que diz respeito à população negra (que é o tipo de inclusão a que me refiro nesse artigo), deveria levar em conta variedades capilares,  identidade e problemas enfrentados por essa população no dia a dia. Uma maneira simples, de atender as necessidades desses diversos tipos de cabelo seria cruzando categorias. Algumas opções que enxergo como possíveis:

Linhas para quem quer volume em crespos ou cacheados

Linhas para quem não quer volume em crespos ou cacheados

Linhas para longos - crespos ou cacheados

Linha para coloridos - crespos ou cacheados

Linhas para loiros / com mechas crespos ou cacheados

Linhas para crespos ou cacheados super danificados 

Linhas para o verão - crespos ou cacheados

Linhas para couro cabeludo ultra sensível em crespos ou cacheados

Linhas para queda de caelo de crespos ou cacheados

Linhas para cabelos brancos crespos ou cacheados

Rapidamente listei 20 possíveis linhas - que podem se multiplicar se forem cruzadas com outros trends como vegano, orgânico, sustentavel, clean, waterless.

Ainda que eu não esteja aí ao seu lado, consigo "ouvir" você contrapondo que tantas linhas são comercialmente inviáveis. E é verdade. Qual a saída, então? A saída é repensar a marca como um todo. 

Uma pegadinha comum das equipes de marketing e de desenvolvimento de produtos é reduzir as tendências comportamentais a algumas poucas categorias com nomes da moda: inclusão, diversidade, gênero, sustentabilidade... Como se tendências fossem um problema a ser resolvido: "vamos fazer uma linha para cabelo crespo porque é tendência".

Mas não é assim que funciona. Estudamos tendências para entender os rumos que o mundo está tomando, os novos comportamentos dos consumidores e a capacidade de elas influenciarem as dinâmicas dos negócios. A partir das macrotendências – total de 18 mapeadas pelo Whats´s Next 2021 - que prevêem mudanças para os próximos 10 anos ou mais,  desdobramos para 30 tendências comportamentais com duração de 3 a 5 anos, 30 tendências de negócios com duração de 2 anos e muitas outras tendências emergentes (para 12 meses).

Dito isso, se há mudanças de comportamento e impactos nos negócios que vão durar décadas, é possível concluir que já não basta acrescentar uma ou duas linhas de produtos para cacheados e crespos ao portfólio.

Gillian Borges faz mapeamento de tendências e de inovação para empresas de beleza brasileiras e globais. É jornalista especializada em beleza, Publisher, Mestre em Educação, Arte e História da Cultura e Conselheira TrendsInnovation certificada. Autora do curso Inovação no Mercado de Beleza na Plataforma Inova Online.

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Link do Curso : https://inovaol.com/curso/inovacao-no-mercado-de-beleza

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